A Copel apresentou os resultados do segundo trimestre de 2020 e conversou com investidores em reunião pública promovida pela Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais (APIMEC) nesta última terça (22). O presidente da Companhia, Daniel Pimentel Slaviero, destacou que a empresa está focada em desenvolver projetos alinhados ao seu negócio principal, que é a geração, transmissão, distribuição e comercialização de energia.

Promovido anualmente pela APIMEC em São Paulo e no Rio de Janeiro, o evento foi realizado nesta edição por videoconferência. O presidente da Copel  ressaltou que a companhia tem trabalhado para a melhorar ainda mais a qualidade do fornecimento de energia aos paranaenses, participar de projetos rentáveis e ser uma empresa pública sinônimo de eficiência. Ele destacou os resultados da Companhia em 2020, mesmo diante do impacto causado pela pandemia do novo coronavírus.

“Os primeiros nove meses deste ano têm sido muito desafiadores. Vínhamos em um ritmo de crescimento muito forte. Com a pandemia, fizemos o que uma grande empresa deve fazer: executamos um plano de contingência robusto. Nosso resultado demonstra que uma estatal pode estar entre as mais eficientes do mercado”, ressaltou.

DESTAQUE – Um dos destaques apresentados foi o lucro acumulado da Copel de R$ 2,1 bilhões em 2020, 19,3% acima do lucro apresentado no mesmo período do ano passado. Esse valor foi influenciado pela decisão judicial que reconheceu o crédito tributário decorrente da exclusão do ICMS da base de cálculo do PIS e Cofins em junho.

Em busca de mais eficiência, a Companhia está executando um plano que dá atenção especial ao atendimento aos clientes e prioriza investimentos nos principais negócios da empresa. O empenho obteve reconhecimento do mercado.

No final de julho, a Fitch Ratings, um dos principais agentes independentes de avaliação de risco de crédito em todo o mundo, elevou para AA (bra) a nota de classificação de confiabilidade da Copel para investidores. “Todas as nossas ações foram coroadas pelo aumento da nota pela agência Fitch. Nessa conjuntura da economia é um feito louvável e demonstra que a Companhia está com bons fundamentos”, pontua o presidente.

INVESTIMENTO HISTÓRICO – Durante a reunião, a Copel apresentou os principais resultados de suas subsidiárias. A Copel Distribuição se destacou por um desempenho de eficiência 9,8% acima do exigido pela regulação. Houve um crescimento de 19,5% no EBITDA (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) em comparação com o mesmo período do ano passado.

A subsidiária ainda recebeu R$ 869 milhões da Conta Covid, criada por um decreto do Governo Federal para aportar recursos de suporte ao caixa das distribuidoras de energia em meio à pandemia.

Ressaltando o foco no atendimento ao cliente, o presidente da Companhia comentou o lançamento do programa Rede Elétrica Inteligente, no início de setembro, que na primeira etapa vai levar a rede automatizada a 151 municípios das regiões Leste, Centro-Sul, Sudoeste e Oeste do Paraná e proporcionar um salto na qualidade da energia fornecida.

Somado a outras iniciativas, o projeto faz parte do maior programa de investimentos da história da Companhia. “Até o final deste ano, nossa meta é investir mais de R$ 1 bilhão em distribuição, o maior investimento já aplicado em distribuição pela Companhia”, destaca.

Na área de geração e transmissão de energia, o foco da empresa é manter investimentos em projetos com bom potencial de retorno, que estejam alinhados ao propósito e à expertise da empresa, dando especial atenção às fontes de energia renovável.

No primeiro semestre de 2020, a Companhia investiu R$ 253 milhões em geração e transmissão de energia. A política de investimentos está dando bons retornos: já são R$ 1,14 bilhão em receita anual permitida (RAP) para os ativos de transmissão.

TELECOMUNICAÇÕES – No que se refere ao braço de telecomunicações, a Companhia destacou a execução do projeto para reduzir custos e aumentar a eficiência, com foco na venda da Copel Telecom em leilão que deve acontecer no dia 9 de novembro, com valor inicial de R$ 1,4 bilhão.

“Estamos observando grande interesse de operadores tradicionais, e também dos operadores de infraestrutura. Até o dia do leilão, vamos trabalhar para prestar esclarecimentos, realizar visitas técnicas e mostrar a segurança do negócio”, destaca.

CAMINHO – Respondendo às perguntas dos investidores e analistas, o presidente da Copel ressaltou o caminho a ser trilhado pela empresa: se tornar ainda mais eficiente e competitiva, com investimentos em distribuição de energia para automatizar a rede, dando atenção especial a projetos de geração distribuída, e priorizar projetos de geração e transmissão com bom potencial de retorno para a Companhia e para o Paraná. Fonte: Aenpr / Foto: Valdenir Daniel Cavalheiro.